Professor da FMUP abordou avanços no tratamento do mieloma múltiplo
Professor da FMUP abordou avanços no tratamento do mieloma múltiplo
O papel das vesículas extracelulares e dos microRNAs como biópsias líquidas em mieloma múltiplo esteve em foco na mais recente Conferência CAC Porto – Centro Académico Clínico, no âmbito da programação das celebrações do Bicentenário da FMUP.
O orador convidado foi Rui Bergantim, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e médico hematologista clínico da ULS São João.
Tal como tem acontecido mensalmente, a Aula Magna da FMUP voltou a acolher profissionais da faculdade e do hospital para mais uma apresentação científica. Desta vez, o tema foi o mieloma múltiplo, uma área em que Rui Bergantim tem desenvolvido investigação clínica e laboratorial ao longo da última década.
anos e do sexo masculino, com impacto na medula óssea e lesão de órgãos como rins e ossos”, explicou o investigador doutorado em Medicina e Oncologia Moleculares pela FMUP.
Durante a conferência, Rui Bergantim abordou a sintomatologia extremamente diversa, “que pode ir desde a lesão óssea, hipercalcemia, anemia, lesão renal à imunoparésia”, bem como a evolução dos tratamentos disponíveis para esta doença ainda sem cura.
“O primeiro grande avanço surgiu com o transplante nos anos 80 e desde aí têm aparecido novos fármacos com mecanismos de ação mais eficazes, lançados recentemente a cada 5 a 10 anos, o que tem contribuído para aumentar a sobrevida global (tempo de vida após o diagnóstico) dos doentes”, referiu.
O professor da FMUP destacou também os progressos mais recentes na monitorização da resposta ao tratamento, com particular ênfase nas chamadas biópsias líquidas, uma alternativa menos invasiva às biópsias ósseas.
Estas novas metodologias, baseadas, por exemplo, na análise de vesículas extracelulares e microRNAs, permitem acompanhar com mais frequência a evolução da doença de forma mais confortável e menos dolorosa para os doentes.