FMUP regressou à sua ‘primeira casa’ com exposição histórica
FMUP regressou à sua ‘primeira casa’ com exposição histórica
A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) regressou à sua primeira “casa”, dois séculos depois de ter sido criada, com uma exposição que é também uma viagem pela sua história e pela história da Medicina portuguesa.
“A exposição que se inaugura no Hospital de Santo António tem um significado muito especial porque é quase como se a Faculdade de Medicina voltasse à sua casa-mãe, às suas origens, onde começou, em 1825. A Medicina teve outros endereços, mas o primeiro endereço não deve ser descurado”, afirmou, na ocasião, o diretor da FMUP.
Para Altamiro da Costa Pereira, a realização desta exposição, intitulada “A Casa da Medicina – Criação e Legado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto”, tem um profundo valor “simbólico”, numa altura em que se perspetivam muitas mudanças.
“Sem passado não há presente e sem presente não há futuro. A evocação da história faz-nos perceber de onde viemos e certamente pode ajudar-nos a perceber para onde queremos ir. Neste momento em que tudo se transforma, no mundo, em Portugal, na Universidade do Porto, é fundamental sabermos quem somos e onde queremos chegar”, asseverou.
A cerimónia de inauguração, que decorreu no dia 5 de junho, contou com a participação de diversas personalidades ilustres, desde os membros do Conselho Executivo a antigos professores da FMUP, passando pelo diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho e pelos vice-reitores da Universidade do Porto, Pedro Pereira Rodrigues e José Castro Lopes.
Entre os presentes que usaram da palavra, além do diretor da FMUP, estavam o presidente do Conselho de Administração da ULS Santo António, Paulo Barbosa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, e o coordenador dos Museus da FMUP e curador da exposição, José Paulo Andrade.
Estiveram igualmente nesta inauguração figuras como o presidente da Entidade Reguladora da Saúde, António Pimenta Marinho, o bastonário da Ordem dos Dentistas, Miguel Pavão, o vice-reitor da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD), Eduardo Rosa, o presidente da Fundação Eng.º António de Almeida, Augusto Aguiar Branco, e o diretor da Casa-Museu Júlio Dinis.
Em 1825, quando a antecessora da FMUP foi criada por alvará régio de D. João VI, a primeira “casa da Medicina” era o então Hospital da Misericórdia do Porto. Para o atual provedor, a ligação entre as duas instituições é “uma ligação umbilical”, tendo a Misericórdia servido como uma espécie de “incubadora”.
Atualmente, “a primeira casa da Medicina” acolhe a ULS Santo António, cujos responsáveis manifestaram o seu regozijo por poderem participar destas celebrações. “É uma enorme honra poder receber a comemoração dos 200 anos da Faculdade de Medicina, que nasceu aqui neste edifício”, declarou Paulo Barbosa, presidente do Conselho de Administração.
O coordenador dos Museus da FMUP, José Paulo Andrade, levou os primeiros visitantes da exposição por uma visita-guiada pelas peças em exposição, pertencentes ao Museu de Anatomia, Museu de História da Medicina Maximiliano Lemos, Arquivo e Biblioteca da FMUP, com a exceção de peças provenientes do Museu do Centro Hospitalar de Santo António e da Casa-Museu Abel Salazar.
A exposição estará patente ao público até ao dia 27 de setembro, no Salão Nobre do Edifício Neoclássico do Hospital de Santo António. A entrada é livre.